quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ELPIDIO VELHO E ELPIDIO NOVO

O delegado de Cipó em tempos de Lampião, Elpidio José da Gama, também chamado "O corda de couro" pelos cangaceiros foi um homem muito importante na história de Cipó e quando Lampião visitou Cipó sequestrou seu filho Jorge após aterrorizar sua esposa e filhos para neutralizar Elpidio e chegar até Quinquim do Fundão.
Veja aqui: CLIQUE!

Elpidio Gama também era chamado carinhosamente pela familia de "Pai Elpidio" ou "Elpidio Véio". Porque havia mais um Elpidio na familia, "O novo".

Elpidio novo teve uma venda em Cipó, conhecida hoje como "Mercadinho".
Antigamente toda a família do Buri se encontrava na quarta na venda de Elpidio. Algum tempo depois passou a ser funcionario público, trabalhava no D.N E .R que hoje é Denit.
Ele era chefe de campo. Em 1970 mudou-se para Serrinha, por conta do trabalho.
Em 1976 para Feira de Santana também por conta do trabalho e ali mesmo ele aposentou.




















ELPIDIO JOSÉ DA GAMA                                               
Filho de Anna Francisca dos Reis Gama e  Rufino José da Gama                                                         

ELPIDIO DOMINGOS DOS REIS
Filho de Domingos José dos Reis e Ana Rosa (Iaiá), irmã de "Elpidio Véio.
Domigos era filho de José Antonio dos Reis (Ioiô do Buri)
e Luzia Bibiana de Santana (Mãe Sinhazinha).

Anna Francisca e José Antonio, filhos de Gaspar Antonio dos Reis.

sábado, 26 de setembro de 2015

GASPAR SEFARDITA? - SERÁ O FIO DA MEADA? A RAIZ DO UMBUZEIRO?

Judeus espalhados pela Europa após destruição do segundo templo pelos romanos em 70 da Era Cristã são chamados "sefaradim" e "ashkenazim".

Os primeiros tem este nome porque Sefaradim é o nome judeu para habitantes da península hibérica (Portugueses e espanhois) chamados também sefarditas. Também acabaram sendo incluidos entre estes os judeus das colônias portuguesas e espanholas nos continentes africano e americano..
Ashkenazim são os da Alemanha, Austria, Polônia, Holanda e outros.

Com a inquisição católica judeus dos paises europeus e suas colônias foram convertidos forçadamente ao catolicismo.

Veja bem, quando eu digo aqui "judeus", não são nascidos em Israel, são descendentes de familias que sairam de Israel no primeiro século da era cristã, ha dois mil anos; mas continuaram sendo judeus, uma vez que não se casam com outras familias.

Esses judeus foram obrigados, na é poca da inquisição, a deixar todos os seus costumes religiosos, culturais e até seus sobrenomes, adotando nomes que não existiam naqueles lugares. Como por exemplo "Reis" (a origem do sobrenome Reis está aqui no blog: Clique aqui), "Santanna" (recordando a mãe de Maria), "de Jesus", "Santos" e outros nomes de cunho religioso.
Um costume que não é português e identifica famílias sefarditas é o casamento consanguíneo. pela preservação entre os seus dos bens, das tradições, da religião, para que não se corrompensem os costumes.

Outro costume que não é português e identifica famílias sefarditas é o sobrenome. Não importa se perderam seus sobrenomes judeus; em Portugal o filho de Manoel Cabral se chama Joaquim Cabral; o filho de Joaquim Cabral se chama Vasco Cabral; e assim por diante.
Familias sefarditas fariam assim: O filho de Manoel Reis, é José Manoel Reis; o filho de José Manoel Reis, é Antonio José Reis; o filho deste é Francisco Antonio Reis; ou seja, a partir do segundo nome do filho sabe-se quem foi o pai. no pai descobre-se o avô e assim por diante.
Como os judeus faziam: Jessé Ben Obede; Davi Ben Jessé, Salomão Ben Davi, Roboão Ben Salomão. É costume em todo o oriente médio: Salim Farah Maluf, Paulo Salim Maluf.
Os sefarditas e os azquenazim usarm isso; Ludwig Von Beethoven (Luidwig filho de Beethoven); Hans Christian Andersen (Hans Christian filho de Ander); Piotr Ilich Tchaikovsky (Piotr Ilich filho de Tchaik).

Toda familia que tem costume de colocar o primeiro nome do pai no filho tem origem hebraica ou Árabe; é filho de Isaque ou de Ismael.

Outro costume é após tres gerações ou mais ou menos repetir o nome, por isso muitos netos e bisnetos tem o nome do avô ou do bisavô.
Como é o português em geral? Aquele que chegou ao Brasil no século XVI? Olhos castanhos ou negros, cabelos castanhos ou negros.
Que faz um povo em pleno sertão baiano, descendente de portugueses, com olhos verdes, azuis, de troncos parrudos, mãos parrudas, queixos largos, como eram nossos avós, bisavós , trisavós, e tatatatatatatatás?

Por que Felix era pai Josino Felix?
Por que Manoel Antonio dos Reis era pai de Abilio Manoel dos Reis?
Por que os filhos de Gaspar Antonio dos Reis não eram José Gaspar e Manoel Gaspar, mas José antonio e Manoel Antonio? Aháááá! Porque Gaspar era um nome imposto pelo catolicismo! Eu disse isso naquele artigo que você não quis ler (A origem do sobrenome Reis)! Todos os que foram convertidos e obrigados a trocar de nome perderam tudo de seus ancestrais.
Itzac, Yossef, Yohanna, Samuel, eram nomes proibidos a partir da inquisição.

De onde vem Reis? Dos Reis magos conforme te contei! Como se chamavam? Gaspar, Belchior e Baltazar.
Bingo!

Gaspar teve que mudar de nome em Portugal ou então seus pais tiveram que batizá-lo com novos costumes. Certamente seu pai se chamava Antonio alguma coisa dos Reis.
Gaspar teve dois irmãos, um era Luiz e o outro não sabemos o nome "Ainda".

Não eram Reis, eram Santanna.
Eita nóis!
Calma! Quem sabe Santanna era o sobrenome da mãe?
Fato é que Santanna também é um nome sefardita.

Não existe português portugues meeesmo chamado Reis, nem Santanna, nem de Jesus, nem Marques, nem Santos, nem Silva, isso é tuuudo sefardita!

Veja os livros de história... os portugueses de linhagem realmente de Portugal são Freitas, Cabral, Vaz, Duarte, Couto, Coimbra, etc.; ou Carvalho da Cunha como o ex patrão de Gaspar, seu homônimo (xará) Gaspar Carvalho da Cunha, de quem nosso tetravô Gapar Antonio dos Reis adquiriu (certamente ou expeculação minha, por casamento e dote) a propriedade que compreende o chão e o horizonte perder de vista chamado Fazenda Tamburil, que os anos transformaram apenas em "Buri".

Achamos o fio da meada? Gaspar nasceu em Portugal e veio com seus irmãos para o Brasil junto com tantos sefarditas que tinham oportunidade de começar nova vida desde que seguissem os dogmas católicos?

No livro de Verônica Alves, "Cipó, a Pérola Barroca do Sertão Baiano" a menina dos olhos cor de mar nordestino verde-água-azulado-claro, menciona mesas com gavetas nas antigas casas do Buri; e isso era costume judeu.

Por que o governo de El Rei de Portugal foi tão benevolente com os sefarditas dando a eles novas oportunidades no Brasil?
Simples, limpeza... Um Portugal de portugueses de linhagem pura e um Brasil de segregados, judeus, mestiços, degredados, e os jesuitas para por ordem no barraco e mandar quem não andasse na linha pra fogueira.

Parentes nossos que comem mortadela e arrotam Pastrame ja disseram que Marques veio de Marqueses, que Gaspar era holandês, e outras pérolas. Marques é um sobrenome que não vem de marqueses, é um sobrenome sefardita que foi dado a uma familia que trabahava como guardiã dos documentos da torre do tombo de Lisboa.
Mesmo assim, ja falei que não somos Marques, que Marcolino José dos Santos (Santos é sefardita também e Marcolino que nem era parente de Gaspar, um jovem português que veio de Sergipe a Bahia tambem era baixinho e de olhos azuis) querendo seguir o costume sefardita e colocar em seus filhos o seu nome, decidiu unir o util ao agradável. Ele não era fã de seu próprio nome, Constância era viuva de Sergio Marques de Santanna (sefardita, e certamente parente também). Marcolino deu aos filhos o nome Marques que parecia com Marcolino e que bom, se não meu nome seria Danilo Macedo Marcolino, rs.

Bem, diante de algumas outras descobertas que fui fazendo (veja links no final) resolvi fazer uma enquete no grupo de familia do facebook.
Pedi que clicassem no item que eles ja viram em suas casas, ou nas casas de seus ancestrais...

-A crença de que apontar uma estrela nasce verruga.
-Mesas antigas tinham gavetas?
-A expressão "juro pela alma de...."
-Pintar a casa todo fim de ano.
-Jogar um punhado de terra sobre o defunto antes de enterrar
-Enterrar os mortos diretamente no chão, não em gavetas. mesmo que em caixões.
-Quanto matavam galinha, ou qualquer animal para comerem, tiravam todo o sangue?
-Varrer a casa toda após um enterro de alguém.
-Passar a mão na cabeça de alguém, como quem diz "está tudo bem, eu te perdoo"
-Diante de um espirro, alguém dizer: "Deus te crie"
-Seus ancestrais derramavam o primeiro gole de uma bebida para o santo?
-Seus ancestrais não comiam carne de porco?
-Passar mel na boca da criança quando chora.
-Acender duas velas toda sexta, a vela das almas.
-Estrelas enfeitando casas, porteiras, roupas, utensílios.
-Comércio fechava na sexta as cinco da tarde?
-Cobrir espelhos depois que alguém morria.
-Acender vela e derramar mel no pires em volta da vela.
-Ja ouviu alguem dizer "pagar a siza" se referindo a imposto?
-Em registros antigos de batismo, você jpa viu a sigla "XN"?

Após a enquete ser positivamente respondida eu lhes expliquei tudo sobre o assunto e o porque da enquete. lhes contei sobre as descobertas, sobre as possibilidades e etc.

Os itens da enquete se referiam a estes costumes:
• Passar a mão na cabeça: isto é, relevar, perdoar, acarinhar, ignorar uma falta de alguém. É a bênção judaica.
• Jurar pelo eterno descanso de um morto querido: juro pela alma do meu pai, ou da minha mãe, e assim por diante. É resíduo de um rito judaico.
• Deus te crie: ante o espirro de uma criança. Herança da frase hebraica – Hayim Tovim.
• Amuletos: usado muito no interior, os signos de Salomão ou de David (a estrela de seis pontas) e até mesmo nas porteiras e muros das casas, embora para o judeu não seja amuleto, mas seu significado foi deturpado entre os descendentes assimilados.
• Varrer a casa: da porta para dentro das casas, costume arraigado até os dias de hoje.
• Passar mel na boca: O Rabino passava o mel na boca da criança para evitar o choro apís a circuncisão. Daí a origem da expressão: “Passar mel na boca de fulano”. A circuncisão acabou entre os sefarditas, mas o passar mel não.
• Siza: vem do hebraico “Sizah”, quando vai pagar o imposto. Pagar a siza.
• Para o santo: o hábito sertanejo de, antes de beber, derramar uma parte do cálice, tem raízes no rito hebraico milenar de reservar, na festa do pessach (páscoa), copo de vinho para o profeta Elias (representando o Messias que ainda virá).
• Punhado de terra: costume de jogar terra no caixão quando ele é descido na sepultura.
• Mezuras: fazer mezuras, reverências. Talvez venha do Mezuzah [2]hebraico colocado nas portas, ao qual os judeus antes de entrar fazem uma reverência.
• Mesa com gaveta: O costume original era esconder a comida quando chegava visita: esse costume não é relacionado à sovinice, tem outra raiz. É o costume que tinham os cristãos-novos (como eram chamados os judeus convertidos a força) e que passou aos seus descendentes, de guardar a comida que estavam comendo quando chegava um visitante – normalmente um cristão-velho. Para isso, as mesas da copa tinham gavetas. A raiz desse costume é que muitos cristãos-novos, apesar do batismo forçado, continuavam praticando secretamente a sua religião. E no judaísmo, a comida deve ser kasher, ou seja, a comida recomendada pela Torah, na qual existem alimentos proibidos aos judeus – Levíticos 11 – como, por exemplo, a carne de porco, peixe sem escama, etc. Dentro desse preceito, há receitas tipicamente judaicas. E se um cristão-velho chegasse de repente à casa e visse essa comida típica, fatalmente o cristão-novo seria reconhecido e denunciado. Por isso, eles guardavam o que estavam comendo nas gavetas, e ofereciam outra coisa ao visitante, como o queijo minas, por exemplo. Esta é a raiz desse costume, que muitos mineiros até brincam a respeito, mas que não está relacionado à sovinice e sim ao medo da delação
• Lenda da Verruga: como se sabe, o dia no judaísmo começa na véspera. Então, o “shabat” – descanso judaico no Sábado, começa na véspera com o nascimento da primeira estrela. Se um judeu apontasse para o céu quando visse a primeira estrela para anunciar o início da festa do Shabat, como cristão-novo ele estaria se denunciando. O adulto poderia se controlar, mas o que se diria para as crianças? “- Não aponta que se nasce verruga”. Era a única maneira de poder controlá-las, para que a família não fosse descoberta e perseguida pela Inquisição
• A carne de sol do Norteste é originária da carne kasher judaica,
• A tapioca típica foi desenvolvida da matzah judaica,.
• O enterro de corpos em mortalhas, diretamente na terra, a retirada total do sangue dos animais abatidos; pintar as casas no final de ano, arrumá-las às sextas-feiras; tudo isso é tradição judaica.
• O casamento endogâmico, entre parentes, é um costume judeu para que tradições e bens não se percam. (Vejam... Por mais que a fazenda tamburil, tenha virado o povoado do Buri e cada um tenha sua proprieddade separada com documentação e tudo... de ponta a ponta o Buri é de parentes.
• Colocar o nome do pai no filho: Manoel Antonio dos Reis: Abilio MANOEL dos Reis; Felix, Josino FELIX; Domigos José dos Reis, Elpidio DOMINGOS dos Reis. Nisto, se conhecia , mesmo que mudando seus nomes, a genealogia.
• Se você puder pesquisar para mim, registros e certificados de batismo antigos, por favor veja se tem a sigla XN. O padre fazia questão dessa identificação para dizer que eram "crisão novos" - marranos, anussim, sefarditas, judeus forçados à conversão.

POR QUE MANTIVERAM COSTUMES MAS DEIXARAM IDIOMA E RELIGIÃO?
Porque os sefarditas sofreram muito, mas muito, mas muito mesmo que vocês não fazem ideia. Pesquisem e verão. A inquisição veio atras deles no Brasil também. A perseguição católica foi terivel. EM NOME DE DEUS esses chamados sacerdotes torturaram, queimaram, cozinharam, quebraram ossos, esticaram membros, emparedaram sefarditas, que aos poucos foram cedendo e enterrando seu passado.

E AQUELE JUDEUS QUE MESMO ESPALHADOS PELO MUNDO JAMAIS DEIXARAM SUAS RAIZES?
Estes são aqueles outros, os azquenazim.
Eles não sofreram com a inquisição, continuaram vivendo seus costumes sem perder nomes e tradições, pois estes outros paises onde eles viviam, principalmente Alemanha e Suiça, eram paises protestantes e tinham liberdade de culto. Até que no século XX Adolph Hitler , chanceler da Alemanha, com a ajuda de diversos paises principalmente Italia e Japão fizeram o eixo chamado III Reich e anexando varios paises neste eixo confiscassem os bens dos judeus azkenazim, colocassem-nos em guetos para em seguida aprisiona-los em campos de concentração para que morressem a mingua no chamado holocausto, matando até 1945 seis milhões de judeus azkenazim.
Os sobreviventes, tiveram o privilegio, em 1948, de voltarem a Israel, onde estão hoje, na sua Terra de origem.
Os que ainda estão pelo mundo, após sobreviverem a guerra e não voltarem a Israel, vivem suas tradições que não se perderam.

Há de se entender também que tudo isso que estou escrevendo não é cem por cento, que nada é generalizado, e que também não devemos esquecer que existe o movimento Sionista, que foi o movimento dos judeus que originaram o Estado de Israel em 1948. Um movimento laico, ecumênico e político (é necessário entender que judeu não é etnia, é religião de um povo de uma etnia sim,  porém religião; Hebreu é etnia, são descendentes de Abraão, mas isso tambem englobaria Ismaelitas (filhos de Ismael: Os árabes), Edomitas (descendentes de Esaú); Amalequitas (uma ramificação de Edom); que Israelita sim, é o povo descendente das 12 tribos de Israel (Jacó) e Israelense é natuiral do Estado de Israel.) e que os judeus espalhados pelo mundo, que praticam e professam a religião, não são sionistas e aguardam o Messias e segundo eles, não possuem o direito de estarem na Terra Prometida, pois foram espalhados por castigo e aguardam a restauração.

Os sefarditas do Brasil voltaram aos costumes judeus há muito tempo, reunindo-se em sinagogas (a primeira em Pernambuco ainda no Governo de Nassau) e hoje espalhadas pelo país, fazendo um resgate de ANUSSIM (judeus forçados ao catolicismo) e tem voltado às suas origens.

Na grande maioria dos sefarditas nordestinos porém, são como nós que nao sabem e não tem certeza de suas origens e cresceram em outros costumes e religiões e etc;

Não sabemos ainda quem chegou primeiro ao Brasil, de nossa família.
Gaspar viveu entre 1780 e 1870.
O próximo passo agora é descobrir se nossa familia chegou qui nos primeiros navios colonizadores, ou se lhes foi permitido permanecer em Portugal mesmo com a inquisição em voga, e Gaspar foi o primeiro dos nossos a vir para o Brasil.
Esses documentos certamente estão na torre do tombo de Belém, em Portugal, que por ironia, eram guardados, como eu disse, por uma familia sefardita que foi escravizada em Portugal (sim, escravos brancos judeus) para perpetuarem-se como guardiões da torre: Os Marques. :0

UM FATO QUE PODE ATRAPALHAR E EMBARALHAR A PESQUISA:

Após o massacre na fogueira da inquisição. muitos órfãos de sefarditas foram entregues à adoção para famílias espanholas e portuguesas, criadas segundo os costumes católicos e as tradições destes povos e casaram-se com outras famílias e com isto perdeu-se ainda mais suas genealogias verdadeiras. Se Gaspar descende de um destes, tudo se complica mais.


O PREÇO DE UM RESGATE

Todo brasileiro, bem como, todo cidadão de alguma ex colônia de Portugal tem direito a cidadnia automática portuguesa, ou seja, não há impedimento em se viver em Portugal (claro que precisa cumprir certas leis, mas nada impeditivo. Como brasileiros, somos e seremos sempre ciddãos portugueses de direito.
Mas existe algo a mais que você pode conseguir...
Todos nós descendentes de Gaspar Antonio dos Reis, se procurarmos a comunidadade judaica portuguesa ou espanola, e nos submetermos a alguns questionários, bem como fazer um exame de DNA de genealogia (599 Reais *) e conseguirmos um certificado de sefardita pela comunidade judaica, temos direito a cidadania portuguesa sefardita, ou a espanhola (se você souber falar espanhol também, é obrigatório).
Além de cidadão da comunidade europeia (atraves de Portugal ou da Espanha), no caso espanhol o governo está dando aos sefarditas, como reparação da inquisição, as chaves da espanha, como que dizendo "A casa é sua, seja bem vindo".
Ah, para a cidadania portuguesa sefardita, além do documento da comunidade judaica você pagará ao consulado 250 Euros.
http://consuladoportugalsp.org.br/nacionalidade-portuguesa-para-descendentes-de-judeus-sefarditas/

Para a espanhola, ainda estão votando algumas emendas; a lei ja foi aprovada porém está havendo conflitos por parte dos que são contra o retorno sefardita.

Para quem quer ir além, o governo de Israel está concedendo cidadania e empregos para sefarditas e azkenazis.
Mas a burocracia é maior.

QUE LINGUA NOSSOS ANCESTRAIS FALAVAM?

Estamos descobrindo que nossas origens, tão mal especuladas antes, se descortinam diante do mar vermelho aberto, da peregrinação no deserto do Sinai, da conquista de Canaã, do tempo dos juizes, do tempo dos monarcas. do cativeiro babilônico e persa, do regresso, do tempo dos macabeus e do império assírio, do julgo romano e de (infelizmente) correr o risco de termos gritado para cruscificarem O Cristo. Uma vez que a grande maioria que seguiu O Cristo foi gentil.
Bom, mas não vamos sofrer com coisas irremediáveis, e sim, sonharmos com a realização de algo grandioso, o resgate definitivo de nossa história familiar.
Estamos prestes a poder afirmar sem medo de erro que somos hebreus.

Não poderemos nos dizer judeus porque judeu não se mistura e é uma religião, não uma etnia, (embora o termo é usado como etnia para os da tribo de judá e tambpem ficou para os do Reino de Judá, mas isso já é uma explicação mais abrangente e necessita de mais estudos).

E Israelita, sendo descendente de Jacó, ainda é complicado dizer, pois há uma corrente que diz que muitos sefarditas são descendentes de edomitas (filhos de Esaú).

Mas (quase) fato é que em 70 DC nossos ancestrais hebreus foram escravizados pelos romanos e levados a Sefarade (Península hibérica: Espanha e Portugal) (Obadias 1:20). com o fim do Imperio Romano alguns séculos depois fomos libertados e atravessamos a idade média vivendo lá mesmo e cuidando da vida, e prosperando e assim veio o imperio Otomano, o dominio árabe, e os judeus sefaraditas, ou sefarditas continuram ali.

Veio a consolidação dos governos espanhol e português de fato e continuamos ali, em Portugal tudo continuou normalmente, mas na Espanha subiram ao trono Isabel de Castela e Fernão de Aragão, que insitituiram a inquisição católica na Espanha e a partir de 1391 os sefarditas foram presos, condenados. Perderam seus bens, que não eram poucos, foram execrados (humilhação) e sob tortura (o potro, a forquilha, esmaga cabeça, a rod que esticava, e outras coias que se você não quer ficar triste imaginando seus ancestrais numas coisas dessas não pesquise), obrigados a se converterem ao catolicismo na marra, por isso foram chamados "marranos".
Renunciaram seus nomes e sobrenomes, não sabemos (ainda, porque eu não tenho sossego e não pretendo parar). Sobrenomes como os do ocidente é certo que não tínhamos, pois sobrenome judeu original é Fulano Ben (o nome do pai); cicrano Ben (o nome do pai). Mas fato é que com isso saberiamos chegar até longinquas gerações.
Adotaram então, nomes espanhois e criaram para si sobrenomes que até então não existiam, ligados a suas profissões, ao animal que criavam, ao alimento que cultivavam, ou a personagens religiosos cristãos.
Todos esses sefarditas, marranos, passaram a ser chamados "Cristãos novos".
Os cristãos novos foram em seguida, após a conversão marrana, queimados em fogueiras, fervidos em óleo, ou aprisionados perpetuamente para espiar toda a "heresia" de não serem cristãos e de serem culpados da cruscificação de Jesus.
Os sobreviventes fugiram para portugal em e este país que ja tinha um bom numero de sefarditas passou a ter mais; os que ja estavam ali ainda mantinham suas origens, porém, como judeus, os marranos espanhois puderam casar-se e constituir familias com os judeus de portugal.
E a mistura de costumes foi maior, nomes, modos, e tudo mais.
Eles falavam uma lingua chamada Ladina, que era uma mistura de espanhol, português, galego, castelhano e hebraico;
Esta era a lingua que nosso primeiro ancestral a pisar o solo brasileiro falava: O Ladino *. Nossos ancestrais eram os Reis, em homenagem aos reis do oriente que visitaram Jesus; os de Jesus, e os Sant'Anna, em homenagem a mãe de Maria.
Os sefarditas continuaram a viver em Portugal normalmente como judeus, até que Dom Manoel casou-se com a filha dos Reis Católicos da Espanha e no contrato de casamento foi exigido que instituisse em Portugal a inquisição, e que todos os sefarditas fossem sacrificados.
Dom Manoel assim o fez,e em 1492 os sefarditas passaram a ser perseguidos em Portugal, porém, por misericórdia, colocou sefarditas em navios que estavam colonizando Moçambique, Angola, Goa, Macau e o Brasil.
Antes de embarcar, todo sefardita foi obrigado a se converter ao catolicismo, renunciando nomes, origem, costumes, tudo mais.
E assim chegamos aqui, milhares de famílias sefarditas habitaram o Rio de Janeiro, Minas Gerais e principalmente o Nordeste.
Só não sabemos quando, e quem de nossos ancestrais chegou primeiro.
Eu suponho que não vieram nesta época, pois os que vieram nesta época, ao chegarem ao Brasil e habitarem os rincões escondidos, voltaram à religião e costumes judaicos, tanto que até sinagogas haviam no Brasil Colonia.
Mas nós nos perdemos, ninguem continuou nenhum costume a nao ser aqueles da enquete. Mas nem sabiam o porquê desses costumes.
Perdeu-se a lingua ladina; perdeu-se a cultura hebraica; como não sabiam o porque de casarem-se entre primos, as gerações posteriores se misturaram; não falo de hoje. Mesmo em tres gerações antes de nós, em que tanto se misturaram h´outras familias no meio desde ha outros séculos.

Enfim... as pesquisas mostram que todo aquele que tem sobrenome religioso, ou ligado a profissão, a criação de animais ou cultivo de algo, é sefardita.
Os judeus de São Paulo são Azquenasim. São os que no dominio romano foram espalhados pelos paises germânicos e baixos (Alemanha, Suiça, Polonia, Austria, Holanda) e viveram suas vidas normalmente e preservando seus costumes até o começo do século XX quando veio o holocausto nazista e os que conseguiram sobreviver se espalharam pelo mundo.

Voltando aos sefarditas, quem afinal somos?
De onde vem Gaspar Antonio dos Reis?
Por que tinha quatro esposas?
Quem foram seus pais?
Chegaremos lá.

Conheça aqui como falavam os judeus defarditas antes de chegarem ao Brasil:

Ouça uma canção em ladino:


APRENDA LADINO GRATUITAMENTE:
http://www.linguashop.com/gramatica/ladino#lesson

Chega de prosa que você ja se cansou de mim por hoje.

Visite o umbuzeiro, comente, deixe suas impressões, me ajude, colabore, deixe de ser ruim, rs

Beijos lambuzados de umbu!

VEJA TAMBÉM ESTE LINKS:

1 - JUDEUS NO NORDESTE, SLIDES


2 - A ESTRELA OCULTA NO SERTÃO - FILME

3 - RAIZES JUDAICAS NO BRASIL - ENTREVISTA



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

REPORTAGEM SOBRE O UMBUZEIRO

Você sabia que o umbuzeiro além do fruto dá água?
Pela raiz! Uma cabaça cheia de água enterada na raiz do umbuzeiro.
Confira nesta reposrtagem de 1994


A reportagem produzida com textos declamados em cordel, garantiram ao repórter Nelson Araújo reconhecimento por essa matéria e premiação a nível internacional.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

LAMENTO SERTANEJO

Eu não conhecia esta linda canção.
Composição de Dominguinhos, aqui interpretada por Maria Gadu, Gilberto Gil e Milton Nascimento.
Agradeço a Estela, de Maria (Lia), de Maricota, de Constância, por me apresentar.
Compartilho com vocês.

Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga e do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado

Por ser de lá
Na certa, por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão, boiada caminhando a esmo