Contribuição de Raimunda Maria Bastos dos Reis Rodrigues.
Sugestão de Jucyvania Santana.
Sugestão de Jucyvania Santana.
Naquela
época não existia funerária em Cipó. O caixão era confeccionado durante o
velório, com madeiras recicladas (portas velhas e sobras em geral).
O(a) falecido(a) ficava numa cama enquanto isso.
O caixão de
Pacifica foi feito por homens que ao mesmo tempo tomavam pinga, como era costume na época.
Quando
colocaram-na dentro do caixão e pregaram a tampa, um prego prendeu um dedo do
pé, assim ela foi enterrada.
Casada, mãe de cinco filhos, Pacífica morreu em consequência de complicações no baço.
Agora é que começa a história propriamente dita. Ela
morreu em abril, em setembro pessoas conhecidas dela, parentes e amigos começaram
a sonhar com ela; o sonho sempre se repetia, ela pedia que fossem ao cemitério
desenterrá-la, abrissem o caixão e retirassem o prego que estava prendendo o
seu dedo, pois isso a estava impedindo de se libertar deste plano. Dizia
também que não se preocupassem que ela estava perfeita, apenas um pequeno suor
no pescoço.
Depois de um vizinho não suportar mais a repetição do
sonho, chamou um dos filhos dela e junto com alguns parentes e amigos se
prontificaram a realizar o pedido da falecida. Foram ao cemitério numa madrugada e
desenterraram-na, como foi pedido.
Ao abrirem o caixão todos ficaram impressionados
com o que viram. Ela estava como se tivesse sido enterrada naquele dia.
Conforme ela havia dito no sonho, estava realmente com um pouco de suor no pescoço.
Fizeram o que ela pediu. Soltaram o dedo
que estava preso e depois disso ela veio em sonho agradecer.
Sua cova passou a ser muito visitada.
Pessoas curiosas e outras fazendo orações e
pedindo graças.
Muitos comentavam que nasciam plantinhas em volta da cova, que
estavam sempre verdes mesmo nos períodos de seca.
A partir disso pessoas
passaram a chamá-la Santa Pacífica.
Eu tenho uma pequena lembrança dela, sempre que ia na
nossa casa ficava horas admirando minha mãe (Ligia) bordar.
Raimunda Rodrigues
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Nota do Blog:
Você conhece outras histórias de nossa família?
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Não pense se seu texto está ou não bem escrito, o importante é perpetuarmos a história. Se necessário farei a revisão.
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